quinta-feira, 30 de junho de 2011

Francês Casino anuncia aumento do capital no Grupo Pão de Açúcar (Postado por Erick Oliveira)

O grupo francês de distribuição Casino aumentou seu capital na Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), do Grupo Pão de Açúcar, em 6,2% do capital, o que levou sua participação no maior grupo de supermercados no Brasil a 43,1%, segundo um comunicado divulgado nesta quinta-feira (30).
"Com este novo aumento significativo da participação, o grupo reafirma seu compromisso no Brasil", destaca o Casino, dois dias depois do anúncio de um projeto de fusão entre a CBD e a filial brasileira do Carrefour.
As novas ações adquiridas são preferenciais e não têm direito a voto. Portanto, não alteram o controle da CBD, exercido em conjunto pelo grupo Casino e a família Diniz.
Tradicionalmente, a participação do Casino era efetuada através da Wilkes, a holding conjunta com a família Diniz. Mas desde que surgiram os primeiros boatos sobre negociações entre Pão de Açúcar e Carrefour, o Casino aumentou a participação direta na CBD em duas ocasiões.
Em um primeiro momento, adquiriu 3,3% a mais de títulos em meados de junho e agora 6,2% adicionais.
Ao mesmo tempo, o Casino anunciou que reorganizará sua estratégia na América Latina: sua filial colombiana Exito, da qual o grupo francês possui 54,8%, efetuará um aumento de capital de US$ 1,4 bilhão para acelerar a expansão.
A empresa colombiana utilizará parte dos recursos arrecadaos para comprar as filiais uruguaias do Casino (Disco e Devoto) por US$ 746 milhões.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Carrefour anuncia proposta de fusão com Pão de Açúcar (Postado por Erick Oliveira)

O grupo francês Carrefour anunciou nesta terça-feira (28) ter recebido uma proposta de fusão de ativos no Brasil com os da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), holding que detém as lojas do Pão de Açúcar, Compre Bem e Extra.
Segundo a nota divulgada pelo Carrefour, a proposta foi apresentada na segunda-feira (27) pela empresa brasileira Gama, que pertence ao fundo BTG Pactual, do investidor André Esteves, com o apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Nota do Carrefour, segunda maior rede de varejo do mundo, informou que seu Conselho de Administração foi informado a respeito dos termos da proposta e que irá analisá-los nos próximos dias.
Se a operação for concretizada, a Gama se tornará um acionista de referência do Carrefour, número dois mundial do setor de distribuição com uma participação de 18% em seu capital.
A proposta surge depois que o Pão de Açúcar adquiriu nos últimos anos as redes de varejo Ponto Frio e Casas Bahia, operações que ainda não passaram pelo crivo do órgão de defesa da concorrência no país, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ela também acontece após semanas de rumores sobre contatos do empresário Abílio Diniz, do Pão de Açúcar, com o Carrefour na França.
O Pão de Açúcar afirmou que emitirá comunicado ao mercado nesta manhã.
No início da sessão na Bolsa de Paris, após o anúncio da proposta, a ação do Carrefour subia 1,64% a 26,88 euros, enquanto a do grupo Casino, seu principal concorrente, caía 3,02% a 63,91 euros.
"A operação será, a princípio, muito benéfica para o Carrefour, cujos resultados no Brasil são decepcionantes e que em 2010 perdeu a liderança na distribuição de alimentos para a CBD", afirma uma nota de análise do agente da Bolsa Aurel.
"As sinergias e as reduções de custos potenciais, combinada com a força de venda do novo conjunto, devem melhorar a rentabilidade da nova entidade", acrescenta o texto.
Prazo de aprovação
Segundo o comunicado do Carrefour, essa proposta será submetida ao Conselho de Administração do BNDES para aprovação final. A brasileira Gama indicou que a sua proposta foi submetida à CBD.
O comunicado do Carrefour, no entanto, não menciona a posição do seu principal concorrente na França, o grupo Casino, dono de 37% da CBD, principalmente através da holding Wilkes, dirigida em conjunto com a família Diniz.
Antes do anúncio, Carrefour e Casino se enfrentavam a respeito da CBD, cuja rede de 1.647 supermercados faturou 13,7 bilhões de euros em 2010.
O grupo Casino apresentou à Câmara Internacional de Comércio uma demanda de arbitragem a respeito do sócio brasileiro. A pedido do Casino, o Tribunal de Comércio de Nanterre, subúrbio de Paris, apreenderam na sede do Carrefour 22 documentos relativos às discussões sobre o futuro da CBD.
CasinoPor meio de nota publicada nesta terça-feira, o grupo Casino disse que descobriu o projeto da operação financeira divulgada pelo Carrefour, implicando fusão com a brasileira CBD, da qual é o principal acionário e divide o controle com Abílio Diniz.
"Contrariamente aos termos do comunicado do Carrefour, trata-se de um projeto de operação financeira preparado há muito tempo e ilegalmente por Carrefour e Abílio Diniz", diz o comunicado.
"Esse comunicado confirma que as negociações secretas e ilícitas foram conduzidas e que continuam sendo. Considerando o acordo assinado entre Casino e Abílio Diniz, nenhuma negociação implicando o futuro da CBD pode ser feita sem o Casino."
NegativaNo dia 25 de maio, o Grupo Pão de Açúcar negara que estivesse em negociações com o Carrefour para uma possível fusão das operações brasileiras dos dois grupos varejistas, conforme recente publicação pela mídia francesa.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a maior varejista do país afirmou que "não é parte em qualquer negociação com o Carrefour e não contratou qualquer assessor financeiro com esse fim".

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Perigo é ser guiado pelo sucesso, diz presidente do Outback no Brasil (Postado por Erick Oliveira)

A rede americana Outback Steakhouse inaugura no próximo mês, em São José dos Campos (SP), seu 30º restaurante no país. A primeira loja no Brasil foi aberta em 1997 e o país já é o terceiro em número de unidades da marca, atrás apenas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul. Em termos de faturamento e número de clientes por restaurante, entretanto, a liderança é da operação brasileira.
“Os três primeiros restaurantes do mundo em vendas e número de clientes são brasileiros. No ano passado, por ordem, foram as unidades de Botafogo (RJ), Shopping Eldorado (SP) e Shopping Center Norte (SP)”, afirma o libanês Salim Maroun, presidente do Outback Brasil.
“Pela primeira vez tivemos unidades na cadeia que atendem mais de meio milhão de clientes por ano”, acrescenta. "Com 29 restaurantes estamos conseguindo quase faturar igual a Coreia, que tem 105”.
Por mês, uma restaurante serve em média 18 mil pães australianos, 2.850 porções de ‘Bloomin´Onions’, cebola frita da casa, e 3.500 pratos de ‘Ribs on the Barbie’, costela de porco defumada e grelhada.
Segundo Maroun, o faturamento das unidades líderes brasileiras é no mínimo “10% maior” do que o do restaurante número 1 em vendas nos Estados Unidos, o de Las Vegas. O Outback não revela números de faturamento da rede que possui 988 restaurantes em 22 países.

As enormes filas de espera nas portas dos restaurantes nos fins de semana são o melhor termômetro do bom desempenho das operações da rede no Brasil, que afirma estar crescendo a taxas de 20% ao ano e prevê abrir pelo menos mais 4 restaurantes em 2011.
Maroun recusa, entretanto, usar a palavra sucesso. “O perigo no Brasil é ser guiado pelo sucesso. Por isso eliminei a palavra sucesso do meu dicionário”, diz o presidente.

Segundo ele, a estratégia da empresa é construir uma base sólida para poder crescer de maneira forte e sustentável. “Eu estou com tanta pressa que vou devagar”, brinca Maroun, que é um dos sócios da filial brasileira ao lado do norte-americano Peter Rodenbeck, responsável pela vinda do McDonald´s ao país, em 1979.

“Nós queremos continuar crescendo no ritmo de 20% por ano, abrindo de seis a oito lojas”, diz o empresário, que acaba de transferir o seu escritório do Rio de Janeiro para São Paulo.

Embora a ênfase dos novos investimentos tenha se concentrado no mercado de São Paulo e interior, na maioria das vezes dentro de shoppings, a rede pretende abrir unidades em todas as regiões do país. “A gente considera que o país está pronto e que o Brasil inteiro é bom para investir”, diz Maroun.

Operação centralizada e sem franquias
O Outback Brasil é uma joint venture entre os sócios e Outback International. Todas as casas são lançadas a partir de investimentos da própria empresa. O custo médio para abrir uma unidade hoje é de R$ 4,7 milhões.
A rede não opera nenhum tipo de franquia. Em cada restaurante, há um sócio-operador, que entra com uma pequena parte do investimento e fica com parte dos lucros da unidade. “Nenhum sócio pode ter mais do que um restaurante. É dedicação exclusiva”, explica Maroun.
Ele considera o modelo de operação centralizada um dos principais diferenciais da empresa, que busca focar na qualidade e padronização dos produtos e serviços. Segundo o empresário, a mudança do seu escritório para São Paulo é justamente para ficar mais próximo das operações e dos fornecedores. “A gente vive há 15 anos de ponte aérea. Perdemos eficiência algumas vezes por perder tempo em viagens”, diz.
Outback é a forma como os australianos descrevem o interior do país. O estilo de decoração dos restaurantes simula uma casa australiana na década de 50. Como outras redes americanas, funciona no modelo conhecido como ‘casual dining’, que propõe ser um avanço com relação ao fast-food, com a oferta de porções generosas, ambiente descontraído e atendimento cortês e eficiente.
“A maioria das pessoas que trabalham conosco são ex-clientes”, revela Maroun. “Fomos pioneiros em colocar comida e sobremesa nas mesas para compartilhar”, acrescenta.

Para ele, mais do que o pioneirismo no mercado, é o compromisso com a qualidade e com a manutenção dos padrões internacionais da rede que fizeram a marca emplacar no país. “Nossa maior diferença é que tudo que servimos, com exceção do pão e do sorvete, é preparado no próprio restaurante”, diz. Os pães australianos e o sorvete do cardápio são produzidos por parceiros em contratos de fornecimento fechados diretamente pelo escritório central da rede.

30% de importados e sem ‘tropicalização’ no cardápio
Segundo Maroun, um dos maiores desafios foi encontrar localmente fornecedores de matérias-primas com a mesma qualidade da importada. “No início foi muito difícil achar uma carne com a mesma qualidade. Começamos comprando 100% no Uruguai, mas hoje quase 55% da carne que usamos é brasileira”, diz.
De acordo com ele, a balança entre total de produtos nacionais e importados já foi invertida. “No começo, 85% eram importados. Hoje, importamos cerca de 30%”, diz. O Outback já encontrou localmente inclusive um fornecedor de cebolas de 800 gramas em média para o preparo das ‘Bloomin´Onions’, um dos ícones da rede. “É um plantador individual, que nos abastece por metade do ano”, diz o empresário.

O cardápio padrão da rede original foi replicado praticamente sem adaptações no Brasil. O corte da picanha foi uma das únicas exceções, por ser considerado um “patrimônio cultural” do país. “A pimenta, os molhos e os cortes são os mesmos. Se você quer tropicalizar, não precisa importar nada, não faz sentido”, afirma Maroun, que antes do Outback foi franqueado de várias lojas do McDonald's, no Rio de Janeiro.
Nascido em Beirute, o empresário conta que fugiu da guerra do seu país, em 1988, em busca de um lugar onde seus filhos pudessesm ter um futuro. Ele afirma ter encontrado esse lugar no Brasil e que a venda de sua participação no Outback ou a sua saída do dia a dia operacional da empresa não está nos planos.
“Nunca tirei férias na minha vida. Sou tão engajado com a companhia, que não consigo me imaginar fora”, diz. "Tenho uma política muito clara de não deixar sequer meus filhos trabalharem comigo. Meu sonho é apenas operar uma das maiores companhias na área de restaurante casual”.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cade adia análise de fusão Sadia-Perdigão (Postado por Erick Oliveira)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) adiou nesta quarta-feira (15), pela segunda vez, o julgamento do processo sobre a fusão entre Sadia e Perdigão. A solicitação foi do conselheiro Ricardo Ruiz, que na semana passada já havia pedido vistas do processo, o que gerou o primeiro adiamento. Uma nova data para a retomada do julgamento ainda não foi definida.
Na quarta-feira da semana passada, o relator do processo, Carlos Ragazzo, sugeriu ao órgão antitruste que reprove a operação que resultou na criação da Brasil Foods (BRF), uma das maiores empresas do mundo no setor de alimentos. A votação do relatório, entretanto, foi adiada após pedido de vistas feito pelo conselheiro Ricardo Ruiz.
O relator do processo, Carlos Ragazzo, sugeriu em seu relatório que o Cade reprove a fusão que criou a Brasil Foods (BRF), uma das maiores empresas do mundo no setor de alimentos.
Ragazzo afirma no relatório que a união entre as empresas, principais produtoras de alimentos congelados e processados no país, cria um “cenário extremamente danoso” para o consumidor brasileiro, com aumento de preços, geração de inflação e comprometimento do poder de compra das famílias das classes C e D. Ele pede que o Cade obrigue a Perdigão a se desfazer de todos os ativos adquiridos da Sadia, há dois anos.
O vice-presidente de Assuntos Corporativos da BRF, Wilson Mello, comemorou o novo adiamento. De acordo com ele, a empresa tem agora mais tempo para negociar com o Cade uma saída que preserve a fusão e evite uma judicialização do processo.
“Nós trabalhamos com uma solução de consenso com o Cade. Nós não estamos fazendo qualquer tipo de especulação com relação ao resultado final desse acordo. Nós queremos encontrar uma solução que atenda o interesse do órgão regulador, da empresa e do Brasil de uma forma geral”, disse Mello.
Ele apontou que a empresa não tem novos argumentos para apresentar ao órgão e que vai se dedicar agora em oferecer todos os detalhes sobre a fusão aos conselheiros que ainda não votaram no processo.
“O fator positivo é que nós teremos um pouco mais de tempo para tentar demonstrar para os demais conselheiros que pode existir uma solução negociada. O que nós sempre buscamos junto ao conselho foi uma solução de consenso que pacifique a questão na esfera administrativa.”

Empresa discorda

Após a indicação de reprovação na semana passada, a BRF disse em nota que "discorda da visão do relator". A empresa diz acreditar que o Cade tem todos os dados para "tomar uma decisão positiva para toda a sociedade brasileira".
No comunicado divulgado na semana passada, a companhia alega ainda que "a aprovação da fusão é pró-competitiva e não trará prejuízo aos milhões de consumidores atendidos por suas marcas, que se beneficiarão das eficiências geradas pelo negócio, em especial com relação à efetiva queda de preços".
De acordo com a empresa, os preços da BRF tiveram aumento médio de 3,6% em 2010, índice "bem abaixo da inflação".
Salsicha mais cara
O relator do Cade apontou que a fusão põe fim à concorrência em setores como o de salsicha e presunto. E que essa concentração de mercado da BRF vai dar a ela condições de aumentar os preços de seus produtos sem que isso resulte em queda nas vendas, já que a tendência dos consumidores é optar entre produtos de Sadia ou Perdigão.

Além disso, apontou que a criação da gigante do setor de alimentos impede a entrada de novos concorrentes nesse mercado.
Na avaliação apresentada por Ragazzo, o aumento de preços em alguns tipos de alimentos pode chegar a 40%. Segundo ele, por esse motivo a fusão tem o potencial de gerar inflação e ainda comprometer a renda de famílias das classes C e D, que são as principais consumidoras dos produtos das marcas Sadia e Perdigão.
Ragazzo refutou a alegação da BRF de que a fusão criou a terceira maior exportadora do país e disse que a função do Cade é de proteger a concorrência dentro do país e não chancelar negócios que beneficiam famílias no exterior.
O vice-presidente de Assuntos Corporativos da BRF, Wilson Mello, que acompanhou a leitura do relatório, disse que a empresa continua confiante em uma "solução negociada" que não leve ao “radicalismo.”
Não participam do julgamento o presidente do Cade, Fernando Furlan, que se declarou impedido por ser primo do presidente da Sadia, Luiz Fernando Furlan; além do conselheiro Elvino Mendonça, que participou do parecer sobre a fusão quando atuava na Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae).
A Brasil Foods foi criada em maio de 2009 com a compra pela Perdigão dos ativos da Sadia. Na época, a Sadia estava endividada depois de prejuízos com operações financeiras chamadas de derivativos cambiais durante a crise financeira no final de 2008.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Magazine Luiza anuncia que vai comprar Lojas do Baú (Postado por Erick Oliveira)

A rede varejista Magazine Luiza anunciou na manhã desta segunda-feira (13), por meio de comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ter assinado um memorando de entendimentos acertando a a aquisição das Lojas do Baú, do Grupo Silvio Santos. A operação envolve R$ 83 milhões, que deverão ser pagos integralmente, segundo comunicado, em 31 de julho de 2011. O acordo, fechado na sexta-feira (10), foi feito com a BF Utilidades, empresa do Grupo Silvio Santos.
A assinatura dos contratos definitivos deverá ser feira até 30 de junho, segundo o comunicado.
Em nota, a Magazine Luiza informa que a transação envolve as 121 lojas do Baú da Felicidade - localizadas no Paraná, em São Paulo e em Minas Gerais - e inclui pontos de vendas, escritórios, centros de distribuição, sistemas de informática (hardwares e softwares) e a propriedade da base de clientes.
A operação permitirá que a Magazine Luiza aumente sua área total de vendas. "Alguns pontos comerciais são adequados para a expansão do modelo de Loja Virtual Luiza, especialmente no Estado do Paraná."
Abertura de capitalConforme informou a rede, essa é a primeira aquisição depois da abertura de capital, realizada no início de maio. Parte do dinheiro obtido com a venda de ações ao mercado será destinada aos projetos de expansão, disse, em nota.
"A compra das Lojas do Baú é a 13ª de sua história. A primeira aconteceu em 1976, com a incorporação das Lojas Mercantil. Depois vieram as compras das redes Talarico, Presidente, Tamoios, Felipe, Wanel, Líder, Arno, Madol, Killar, Base e, no ano passado, a Lojas Maia, possibilitando a entrada do Magazine Luiza em todo o Nordeste."
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa do Grupo Silvio Santos disse que uma nota deverá divulgada ainda nesta segunda-feira.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Empresa lança gloss com gosto de cerveja para os namorados (Postado por Erick Oliveira)

Aquele "batom grudento" chamado gloss, definitivamente, não faz muito sucesso com os homens (a não ser para chamar a atenção no momento da paquera.). A Heineken captou essa mensagem masculina e pretende agora agradar aos dois sexos com sua invenção: em comemoração ao dia dos namorados no próximo domingo, a marca holandesa está lançando no Brasil um gloss labial com gosto de cerveja. Ele é levemente dourado, tem cheiro de cevada e deixa uma refrescância nos lábios, o que chamam de "efeito cooling". O gosto de cerveja, mesmo, é quase imperceptível.
As interessadas no novo produto devem acessar a página da Heineken no Facebook e checar os estabelecimentos que estão participando da ação. Os garçons vão orientar como adquirir o "beer gloss". Na mesma página, há também um concurso que vai premiar quatro fotos sob a temática do dia dos namorados - as três melhores levam uma "beertender", a chopeira da Heineken, e a última colocada ganha um kit exclusivo da marca.
Participam da ação as cidades de Balneário Camboriú, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Londrina, Marília, Porto Alegre, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Santa Maria e São Paulo.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Fusão Sadia-Perdigão pode parar na Justiça (Postado por Erick Oliveira)

O julgamento sobre a fusão da Sadia com a Perdigão, que resultou na criação da BRF - Brasil Foods em 2009, começa nesta quarta-feira em clima desfavorável às empresas, pelo menos sob a ótica das autoridades, informa a reportagem de Patrícia Duarte e Ronaldo D'Ercole. A forma como a companhia conduziu a defesa do negócio é considerada "desastrosa". Ao afirmar que não admite vender uma das suas duas marcas principais - Perdigão e Sadia - e que irá à Justiça caso essa seja a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a BRF colocou em segundo plano sua estratégia de defesa no caso. De acordo com especialistas, ao pressionar os conselheiros do órgão, ameaçando recorrer ao Judiciário, a empresa pode ter dado um motivo a mais para ter seus interesses contrariados no julgamento desta quarta. Além disso, observam, a opção de ir à Justiça não tem sido um bom caminho para as empresas que tentam resolver questões de concorrência fora do Cade.
- O Cade tem um índice de 83% de êxito nos processos que vão ao Judiciário - diz um consultor.
EXPANSÃO:BRF Foods quer processar e vender carnes na China
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Sadia e Perdigão, porém, podem ganhar tempo se o Cade atender, na abertura da sessão, ao pedido de vista do processo encaminhado sexta-feira passada pelo Ministério Público Federal.
Coordenada por Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, ex-secretário de Direito Econômico e ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso, junto com renomados escritórios de advocacia (como o Barbosa, Müssnich & Aragão), a defesa da BRF apresentou aos conselheiros do Cade nas últimas semanas um pacote de marcas e ativos que a empresa estaria disposta a vender.
Empresas recusam venda de marcas
Segundo uma fonte próxima ao processo, a proposta se aproximaria à "alternativa B" do parecer da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, sobre o caso. A Seae sugeriu a venda das marcas Batavo, Doriana, Claybom, Delicata, Rezende, Confiança, Wilson e Escolha Saudável, além de outros ativos, para compensar a manutenção das marcas principais em seu portfólio. A proposta, porém, não incluía todas as marcas sugeridas pela Seae, como a Batavo, por exemplo, que foi deixada de fora.
- Fizemos uma proposta, de vender um pacote de marcas e alguns ativos. Mas não teve retorno formal de nenhum deles, por isso, não houve mudança no que propusemos - disse a fonte.
O silêncio dos conselheiros em relação à proposta da BRF, para os especialistas, é um mau sinal para os interesses da empresa.
- Se não estão negociando é porque a proposta não foi aceita - diz uma fonte.
Fontes do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) ouvidas pelo GLOBO dizem que Sadia e Perdigão foram irredutíveis nesses dois anos de processo, pressionaram pela aprovação da operação sem restrições e usaram táticas para tentar forçar a anuência ao negócio, por exemplo inundando as áreas técnicas com estudos e avaliações. Elas traziam informação demais com substância de menos e atrasaram os trabalhos por pelo menos um ano.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Telebrás atuará com setor privado na banda larga, diz novo presidente (Postado por Erick Oliveira)

O Conselho de Administração da Telebrás confirmou nesta quarta-feira (1) a nomeação de Caio Bonilha para a presidência da estatal. Bonilha, que ocupava o cargo de diretor comercial da Telebrás desde novembro do ano passado, foi indicado pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para substituir Rogério Santanna.
Bonilha afirmou que não devem ocorrer mudanças na implementação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). “A orientação que eu tenho é um esforço para que nós atuemos muito fortemente no Plano Nacional de Banda Larga da maneira que vinha sendo tocada”, disse nesta terça, após assumir a presidência da Telebrás.

Rogério Santanna, que participou da abertura da reunião do conselho, disse que sua saída foi motivada por contrariar “interesses das empresas de telecomunicações” na implementação do PNBL.

“Convivi cinco anos com o ministro Paulo Bernardo. Sempre tive muita facilidade de trabalhar com o ministro, mas à medida que o trabalho do PNBL ia se aproximando dos interesses das empresas de telecomunicações do Brasil, a minha relação com o ministro foi se deteriorando”, disse Santanna.
Indicação
Em comunicado divulgado nesta terça-feira (31), a Telebrás afirmou que a indicação de Bonilha "tem por objetivo fortalecer a empresa e sua relação com o Ministério das Comunicações, a fim de propiciar melhores condições para o cumprimento de sua missão no âmbito do Plano Nacional de Banda Larga".

Segundo Bonilha, a Telebrás vai atuar juntamente com as empresas privadas para cumprir as metas do PNBL. “Vamos atuar juntamente com todas as operadoras para a implementação do Plano Nacional de Banda Larga e cumprir as metas que a presidente Dilma Rousseff espera no desenvolvimento do programa”.

Bonilha é formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com especialização pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele é engenheiro, especializado em tecnologias, negócios e estratégias para empresas de telecomunicações e energias.

Banda larga
O Plano Nacional de Banda Larga foi lançado em maio do ano passado, com o objetivo de triplicar o acesso à banda larga de 11,9 milhões de domicílios para 40 milhões de domicílios até 2014. Em abril deste ano, Santanna admitiu que dificilmente a estatal conseguiria cumprir as metas estabelecidas para o PNBL em 2011 – de levar internet rápida para 1.163 municípios. Diante de alguns atrasos, a meta foi reduzida para 800 cidades.

Na terça-feira (31), a Telebrás confirmou que concluirá a construção dos primeiros 337 km da rede de fibra ótica previstos no Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) até a metade de junho. A estatal gestora do PNBL afirmou que este primeiro trecho fará parte do Anel Sudeste, ligando Brasília a Itumbiara, cidade goiana situada na divisa com Minas Gerais. A conexão da rede principal a outros municípios da região será finalizada até o início de julho, afirmou a Telebrás.

O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) consiste na construção de uma rede nacional de telecomunicações com a meta de levar internet de alta velocidade a 4,2 mil municípios brasileiros até 2014, por meio de uma rede de cerca de 30 mil km.