quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Investimento de R$ 74 bi agita o setor ferroviário (Manchete do Valor Econômico)

O trem-bala e a Copa de 2014 conduzirão R$ 74,4 bilhões em investimentos públicos para a indústria ferroviária, que quase desapareceu e ressurgiu nesta década. De 2003 a 2006, o setor ferroviário de passageiros teve sua produção voltada, exclusivamente para o mercado externo. Agora, destina 15% ao mercado doméstico. De 2005 a 2008, a produção nacional de trens de passageiro cresceu 147%.

A perspectiva de lançamento do trem-bala São Paulo-Rio e de projetos de metrô e veículos leves sobre trilhos (VLT) em capitais que se preparam para receber os jogos da Copa de 2014 atraiu a atenção de empresas estrangeiras e levou multinacionais já instaladas no país, como Alstom e Bombardier, a cogitar a diversificação das linhas de produção. A espanhola CAF é uma das que chegaram ao país, inicialmente para atender encomenda de 48 trens da CPTM e 17 do Metrô de São Paulo. A perspectiva de novos contratos animou a empresa a se instalar em Hortolândia (SP) e cumprir a exigência contratual de 60% de nacionalização. O projeto não depende só do comportamento do mercado interno. A intenção é tomar a fábrica uma plataforma de exportação para a América Latina. (págs. 1 e A3)

Vale aplica R$ 1,3 bi em hidrovias

Com planos para triplicar sua produção de minério de ferro em Corumbá (MT) nos próximos dois a três anos, para 15 milhões de toneladas, a Vale do Rio Doce vai investir R$ 900 milhões na compra de 14 empurradores e 224 barcaças que vão fazer o transporte do minério pelos rios Paraguai e Paraná. A encomenda, que ainda depende da aprovação do conselho da empresa, será destinada a estaleiros nacionais.

Essa compra vai se somar a outra encomenda recente feita no Brasil, de 51 embarcações, entre rebocadores e barcaças, que elevarão os investimentos da companhia em atividades de apoio a operações portuárias e fluviais a R$ 1,3 bilhão, segundo o diretor de logística, Eduardo Bartolomeo. (págs. 1 e B1)

Novo Mundo vai ao Norte e Nordeste

A Novo Mundo, maior varejista da região Centro-Oeste, vai se expandir por seis Estados do Norte e Nordeste. Com cem lojas distribuídas por Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal, Tocantins, Bahia e Minas Gerais e 3,5 mil funcionários, o grupo da família Martins Ribeiro quer ampliar sua presença em mercados com potencial de varejo e, no futuro, abrir o capital.

A economia estabilizou-se, o que dá boa perspectiva para os negócios. Além disso, o dinheiro está mais barato. O potencial de crescimento é bom porque a renda vem aumentando no país", diz o diretor-superintendente Carlos Luciano Martins Ribeiro. O grupo tem um cadastro com 3,56 milhões de clientes. Suas vendas cresceram 15% em 2008 e devem avançar 9% neste ano. (págs. 1 e B4)

A revolução silenciosa da Siemens

Com discrição germânica, a Siemens realiza a maior reorganização de seus negócios em seus 160 anos de história. Com faturamento de € 77 bilhões em 2008 e um portfólio de mais de 200 mil produtos, o grupo concentrou as atividades em três grandes áreas - infraestrutura, energia e saúde - e livrou-se do que agora é visto como "não-essencial", como o setor de telefonia móvel.

Por trás dessa reviravolta que mexeu com a cultura centenária da empresa está o que ela chama de "megatendências do futuro", como a urbanização e as mudanças climáticas. "Estamos reorientando nosso portfólio hoje para manter a liderança mundial daqui a 30 anos", diz Adilson Primo, presidente da Siemens no Brasil. (págs. 1 e B6)

PT e PMDB já disputam nova autarquia

Antes mesmo da votação, pelo Senado, do projeto de lei que a recria, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), vinculada ao Ministério da Previdência, já é objeto de disputa entre PT e PMDB.

A autarquia, cuja criação ainda terá de passar pela Comissão de Assuntos Econômicos e pelo plenário do Senado, deverá cuidar da fiscalização e supervisão das atividades dos fundos fechados de previdência, hoje nas mãos da Secretaria de Previdência Complementar.

A autarquia terá receita própria, mediante a cobrança de uma taxa a ser paga pelas entidades fiscalizadas. A criação da Previc é uma das bandeiras do governo Luiz Inácio Lula da Silva para aumentar o controle sobre os fundos de pensão. (págs. 1 e A5)

UBS voltará a atuar no mercado brasileiro

O suíço UBS vendeu o Pactual de volta ao banqueiro André Esteves e sócios, mas não perdeu o interesse em atuar no mercado brasileiro. Após sondar suas possibilidades, uma decisão foi tomada: quer ter uma corretora, atuar no mercado de ações e de banco de investimento no Brasil. É o que executivos têm informado em visitas a outras instituições financeiras do país. Os suíços sabem que um banco de investimento internacional não existe, hoje, sem um pé no Brasil, que tem fatia crescente no mercado internacional de ações, bônus, fusões e aquisições. (págs. 1 e C10)

Foto legenda: Executivas superpoderosas

Indra Nooyi, presidente do conselho e diretora-presidente da PepsiCo., 53 anos, é a 1ª colocada no ranking do "Financial Times" que elegeu as 50 líderes mais bem-sucedidas do mundo. (págs. 1 e D20)

Companhias aéreas usam mais tecnologia na caça à bagagem extraviada (págs. 1 e B2)


Economia de Sergipe avança com a criação de ambiente favorável aos negócios (págs. 1 e Valor Estados)


Fiscalização

O Tribunal de Contas da União apontou irregularidades e recomendou ao Congresso a paralisação de 41 obras, 13 delas incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que representam investimentos de R$ 7,38 bilhões. (págs. 1 e A3)

IGP-M sobe em setembro

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) interrompeu em setembro uma sequência de seis meses de deflação e registrou alta de 0,42%. Os preços no atacado subiram 0,53% e no varejo, 0,28%, puxados pelos alimentos. No ano, o IGP-M acumula queda de 1,61% e de 0,4% em 12 meses. (págs. 1 e A4)

Em pé de igualdade

O Rio de Janeiro será o 15º Estado a regulamentar dispositivo da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa que prevê facilidades para essas companhias em licitações públicas. "Até 2010, 25% das compras governamentais no Estado deverão ser feitas nesse segmento", diz Sergio Malta, do Sebrae/RJ. (págs. 1 e Valor Pequenas e Médias Empresas)

Missoni no Brasil

Até o fim de novembro, a grife italiana Missoni abre sua primeira loja na América Latina, no Shopping Iguatemi, em São Paulo. O grupo, que também tem um braço hoteleiro, abre sua primeira unidade no país em 2012, em parceria com a bandeira Radisson. (págs. 1 e B5)

Pré-sal atrai a DuPont

De olho no pré-sal, a DuPont, terceira maior fabricante americana de produtos químicos, deverá construir uma fábrica no Brasil para produzir substâncias utilizadas pela indústria do petróleo. (págs. 1 e B7)

Vendas em alta

As vendas do setor supermercadista em agosto aumentaram 4,12% em relação ao mesmo mês de 2008, segundo a Abras. Em comparação a julho, houve pequena alta de 0,80%. No ano, o faturamento do setor cresceu 5,3%. (pág. 1)

Potência agrícola

Em 13 anos, a participação brasileira nas exportações agrícolas mundiais saltou de 2,8% do total para 5,5%. Segundo estudo da Emst & Young e FGV, o Brasil é o país que reúne as melhores condições para manter essas elevadas taxas de crescimento. (págs. 1 e B12)

Sinal amarelo

No ano, a bolsa brasileira acumula valorização de 112,85%, em dólares, resultado só superado pela pequena bolsa do Peru. A notícia é boa, mas também pode ser um sinal de que a alta deve começar a perder fôlego. (págs. 1 e D2)

Ideias

Cristiano Romero: proposta inicial é que Eximbank brasileiro seja uma subsidiária do BNDES. (págs. 1 e A2)

Ideias

Rosângela Bittar: PT considera seriamente candidatura Palocci em SP. (págs. 1 e A5)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Eike Batista, controlador do grupo EBX, pretende investir US$ 10,3 bilhões de 2009 a 2012

Eike Batista, controlador do grupo EBX, pretende investir US$ 10,3 bilhões de 2009 a 2012 por meio de cinco empresas dos setores de mineração, logística, energia (incluindo petróleo) e no recém-criado estaleiro em Santa Catarina.

Para tocar esses planos, está "megacapitalizado". A companhia dispõe de US$ 9,2 bilhões em caixa, sendo US$ 6,2 bilhões das quatro empresas de capital aberto e US$ 3 bilhões da holding EBX. Pode contar ainda com recursos do BNDES, que é sócio minoritário da LLX. Também recebeu oferta de empréstimos do Chinese Development Bank. Outra fonte de dinheiro para o grupo é a bolsa de valores.

Valor Econômico (págs. 1 e B1)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Capitalização da Petrobras é contestada

capitalização da Petrobras, a maior já anunciada no país e em curso no mundo, pode esbarrar na Lei das S.A., que prevê igualdade de condições entre acionistas controladores e minoritários para aportar dinheiro em empresa aberta, informa reportagem de Toni Sciarrettta para a Folha.

No formato divulgado, os minoritários --incluindo os dos fundos FGTS-- terão de desembolsar dinheiro à vista, enquanto a União poderá ceder títulos públicos para comprar ações.

Para viabilizar esse formato, o governo poderá ter de alterar a Lei das S.A. no Congresso, segundo especialistas em direito societário. Para eles, o comunicado sobre a capitalização da empresa foi inapropriada por pegar o mercado em plena atividade, com conhecimento parcial do assunto, já abordado pelos jornais.

A empresa só comunicou a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) às 11h04 e a Bolsa, às 11h08 --o mercado abre às 10h.

Desde o dia 21, a Petrobras perdeu R$ 24,15 bilhões em valor de mercado, segundo a Economática. Ontem, as ações ON caíram 0,53% e as PN subiram 0,7% -anteontem, as quedas foram de 4,48% e 3,6%.

Para a Petrobras, a reação do mercado foi normal porque aumento de capital costuma derrubar o preço das ações. A empresa diz ainda que os títulos públicos têm alta liquidez, semelhante ao dinheiro à vista.

A CVM disse que analisa as informações da companhia.

Folha Online