quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Portugal Telecom fecha acordo para entrar na Oi (Postado por Erick Oliveira)

SÃO PAULO/LISBOA (Reuters) - A Portugal Telecom e a Oi anunciaram na madrugada desta quarta-feira a conclusão do acordo para parceria estratégica em que a operadora portuguesa investirá 8,32 bilhões de reais para ficar com uma participação de 22,38 por cento no grupo brasileiro.
O acordo, iniciado em julho do ano passado, prevê que a Oi também vai adquirir 10 por cento de participação na Portugal Telecom e que ambas as empresas 'traçarão juntas planos de intercâmbio tecnológico, de compras conjuntas e de expansão internacional'. As empresas não informaram prazos para os planos futuros.
Antes de ingressar na Oi, a operadora portuguesa dividia com a Telefónica o controle da Vivo.
A formalização da parceria também prevê uma fusão da empresa de central de atendimento a clientes da Oi, Contax, com a Dedic, da Portugal Telecom.
Segundo comunicado da Portugal Telecom ao mercado português, a companhia vai 'consolidar proporcionalmente 25,6 por cento da Oi e 44,4 por cento da CTX' (controladora da Contax).
A operação permitirá que a Oi (Tele Norte Leste Participações e Telemar Norte Leste) seja capitalizada em até 12 bilhões de reais com a emissão de ações ordinárias e preferenciais, acelerando a redução do índice de endividamento e aumentando a capacidade de investimento do grupo. A capitalização vai ocorrer via investimento direto de 3,27 bilhões de reais pelos atuais acionistas e pela Portugal Telecom.
Com isso, a operação permitirá à Oi ampliar capacidade de investimento e de expansão nacional nos mercados de banda larga fixa e móvel, TV por assinatura e serviços convergentes.
Pelo acordo, a parceria das empresas acontece com a Portugal Telecom adquirindo participação acionária de 35 por cento nas holdings controladoras da AG Telecom e da LF Tel, que controlam a Telemar Participações. A empresa portuguesa também terá fatia de 12,1 por cento na Telemar Participações, comprando ações de outros acionistas da holding e integrando o aumento de capital da Telemar Participações.
'Ao final desses passos, a Portugal Telecom passa a deter, direta e indiretamente, 22,4 por cento da Telemar Norte Leste resultando na consolidação proporcional da posição acionária direta e indireta na TmarPart em 25,6 por cento', afirma a Oi em comunicado à imprensa.
Segundo a Oi, após a conclusão das etapas da associação, cujas datas não foram informadas, a Portugal Telecom vai presidir uma comissão responsável pelas sinergias e vai trabalhar com grupos existentes da Oi, tomando 'decisões a respeito de questões operacionais'.
A Portugal Telecom, liderada por Zeinal Bava, tem como objetivo atingir 100 milhões de clientes em 2012, sendo dois terços das receitas geradas por negócios internacionais, com destaque para o Brasil e países da África subsaariana.
A Oi tem cerca de 63 milhões de clientes, dos quais 21 milhões em telefonia fixa, 37,3 milhões em telefonia móvel e 4,4 milhões em banda larga fixa.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Créditos de carbono

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são certificados emitidos para um agente que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa (GEE).

Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono.

Este crédito pode ser negociado no mercado internacional. A redução da emissão de outros gases, igualmente geradores do efeito estufa, também pode ser convertida em créditos de carbono, utilizando-se o conceito de Carbono Equivalente.

Comprar créditos de carbono no mercado corresponde aproximadamente a comprar uma permissão para emitir GEE.

O preço dessa permissão, negociado no mercado, deve ser necessariamente inferior ao da multa que o emissor deveria pagar ao poder público, por emitir GEE.

Para o emissor, portanto, comprar créditos de carbono no mercado significa, na prática, obter um desconto sobre a multa devida.

Acordos internacionais como o Protocolo de Kyoto determinam uma cota máxima de GEE que os países desenvolvidos podem emitir.

Os países, por sua vez, criam leis que restringem as emissões de GEE.

Assim, aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se compradores de créditos de carbono.

Por outro lado, aquelas indústrias que conseguiram diminuir suas emissões abaixo das cotas determinadas, podem vender, a preços de mercado, o excedente de "redução de emissão" ou "permissão de emissão" no mercado nacional ou internacional.

Os países desenvolvidos podem estimular a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) em países em desenvolvimento através do mercado de carbono, quando adquirem créditos de carbono provenientes destes últimos.