quarta-feira, 16 de maio de 2012


Grupo da CPI vai patrocinar ‘guerrilha de ações’ para bloquear bens e reter pagamentos à Delta (Josias de Souza)




Arregimentado pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), um grupo de congressistas da CPI do Cachoeira decidiu promover um cerco judicial à Delta Construções. Concebida à margem da comissão, a iniciativa é qualificada por Miro, advogado de formação, como uma “guerrilha de ações”.
Integram o grupo congressitas da banda independente do condomínio governista e também oposicionistas. Na linha de frente, além de Miro, encontram-se os senadores Pedro Taques (PDT-MT), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Planejam agir já nesta semana.
Antecipando-se à iminente declaração de “inidoneidade” da Delta pela Controladoria-Geral da União, o grupo vai protocolar na Justiça Federal, em Brasília, uma ação popular contra a empreiteira e a União. A peça começou a ser redigida nesta terça (15). Assenta-se em dois pilares de natureza cautelar.
Pretende-se requerer à Justiça o bloqueio dos bens da Delta e a abertura de uma conta bancária judicial para que a União deposite em juízo os pagamentos à empreiteira, maior tocadora de obras do PAC. “Não vamos deixar que esses camaradas saiam com os bolsos cheios de dinheiro e às gargalhadas”, diz Miro.
Egresso do Ministério Público Federal, o ex-procurador da República Taques classifica a Delta como “empresa pastel”. Suspeita que sob a fachada da sexta maior empreiteira do país não há senão “pastas e telefones”. O senador escora suas suspeitas na recém-anunciada venda da Delta à J&F Participações.
“Como pode uma empresa de 40 anos, que amealhou contratos de quase R$ 5 bilhões com o setor público nos últimos oito anos, ser vendida assim, num intervalo de menos de 40 dias?”, questiona Taques. A transação tem contornos inusitados. Não envolve o desembolso de nenhum centavo do comprador.
Controladora do frigorífico JBS, do qual o BNDES é sócio com 31,4%, a J&F assumiu o controle da Delta na última segunda-fiera (14). Fará uma auditoria nos contratos e nas contas. Concluída a varredura, vai decidir se exerce ou não a opção de compra. Se fechar negócio, vai pagar a Fernando Cavendish, o dono da Delta, com os dividendos que a empreiteira for capaz de amealhar.
Depois de protocolar a ação de Brasília, o grupo parlamentar que age à margem da CPI levará sua “guerrilha” aos Estados onde a Delta beliscou contratos públicos. Taques, por exemplo, patrocinará uma ação no Mato Grosso. Miro verá o que já foi feito no Rio e o que ainda é preciso fazer. Informados sobre o movimento, outros congressistas arregaçam as mangas.
Miro relata: “O Ônix Lorenzoni [DEM-RS] me disse que, no Rio Grande do Sul, ainda não tem nenhuma ação contra a Delta. Mas a empresa está querendo receber por lá R$ 30 milhões, R$ 40 milhões. Então, ele quer entrar com uma ação no Estado.”
De resto, o grupo analisa até esta quinta (17) que outras iniciativas podem ser adotadas no âmbito do governo federal. Analisa-se, por exemplo, a hipótese de protocolar uma petição na Advocacia-Geral da União, órgão responsável pela defesa dos interesses do governo no Judiciário.
Todas essas iniciativas poderiam ser adotadas por meio da CPI. Decidiu-se agir por cima da comissão para fugir ao torniquete burocrático. Há, hoje, cerca de 200 requerimentos pendentes de votação. Se optassem por apresentar suas requisições na CPI, o grupo teria de sujeitar-se à fila, ao crivo do relator Odair Cunha (PT-SP) e à aprovação da maioria.
“A CPI não tem poder para decretar coisas como bloqueio de bens e abertura de conta judicial. Teríamos de aprovar requerimentos e, depois, peticionar à Justiça. Então, vamos direto ao Judiciário, numa ação paralela”, afirma Miro. Taques ecoa o colega: “A CPI recorreria à Procuradoria do Senado, que poderia preparar a ação. Mas nós não precisamos tratar disso na comissão. Podemos atuar como parlamentares.”
O grupo parlamentar reúne-se regularmente desde o início dos trabalhos da CPI, há duas semanas. Decidiu agir num encontro realizado na noite de segunda (14), no restaurante do Clube de Golfe de Brasília. Acometido por uma crise de sinusite, Jarbas Vasconcelos endossou as deliberações pelo telefone.
Por ora, a CPI não logrou ouvir nenhum membro da quadrilha de Carlinhos Cachoeira. O depoimento do contraventor, que seria tomado nesta terça (15), foi suspenso pelo ministro Celso de Mello, do STF, e remarcado pela CPI para a próxima terça (22).
No plano de trabalho apresentado pelo relator Odair e aprovado pela CPI, a Delta só começa a ser roçada no dia 29 de maio. Nesse dia, pretende-se realizar a inquirição de Cláudio Abreu, o ex-diretor da empreiteira para a região Centro-Oeste. Ele foi demitido depois vieram à luz suas relações com a quadrilha de Cachoeira. Relações fortes o bastante para que a Justiça decretasse sua prisão preventiva.
Há na CPI três requerimentos de convocação de Fernando Cavendish, o sócio majoritário que negociou a Delta com o grupo J&F. Mas o relator absteve-se de levá-los em conta no seu cronograma. O PT esforça-se para circunscrever a investigação da Delta ao Centro-Oeste, evitando que a CPI chegue às obras do PAC.
A empeiteira exibe um portfólio de cerca de R$ 4 bilhões em obras públicas. Os recebíveis somam cerca de R$ 900 milhões. Se o grupo extra-CPI tiver sucesso em sua investida judicial, essa verba seria depoistada em juízo. Afora os contratos firmados com a União, a Delta opera em 23 Estados.

sábado, 12 de maio de 2012


Coluna Panorama Político de Hoje (12-05-2012 - SÁBADI) do jornal O Globo (Do Blog de Ilimar Franco), no Painel do Paim


Stress na PF
          A presidente Dilma ficou enfurecida com o delegado da PF Matheus Mella Rodrigues por tê-la citado na lista de autoridades captadas pelo sistema Guardião. O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) ouviu poucas e boas. O puxão de orelhas foi retransmitido para o diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, que advertiu o delegado. Ele havia sido avisado que não deveria colocar no ventilador a lista de autoridades citadas pelo trupe de Cachoeira e que são presumivelmente inocentes.
O escorregão da CPI
Durante uma hora, na tarde de quinta-feira, na sessão secreta da CPI do Cachoeira, seus integrantes debateram se o delegado Matheus Mella Rodrigues daria conhecimento de uma lista de autoridades citadas nos grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal. Alguns queriam uma cópia da lista. O presidente da Comissão, Vital do Rego (PMDB-PB), após manifestação favorável da ampla maioria, pediu que o delegado fizesse a leitura. Antes porém, Vital fez um pacto de que os nomes não seriam tornados públicos, pois a nominata não era de integrantes da organização criminosa, mas de personalidades citadas ao léu.

"O problema deste País não é cocaína nem crack! O problema deste País é bebida alcoólica!” — Magno Malta, senador (PR-ES), na aprovação da Lei Geral da Copa


COISA NOSSA. A desenvoltura da Delta na cidade do Rio, segundo o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) precisa ser investigada na medida em que hoje são conhecidos seus métodos e sua aliança com o crime organizado. A Delta entrou na cidade em 2001 quando Cesar Maia (DEM) assumiu a prefeitura. Mas Chico Alencar chama a atenção: "Na gestão de Eduardo Paes a porcentagem de dispensa de licitação dobrou".

Limite regimental
Os integrantes da CPI estão sendo alertados que os governadores não podem ser convocados para depor. O artigo 146 do regimento do Senado diz que não são admitidas CPIs para investigar as atribuições do Poder Judiciário e dos Estados.

O controle
A investigação da PF descobriu que Cachoeira recebia 30%, tendo como piso R$ 25 mil, de todas as casas de caça-níqueis no Centro-Oeste que pertenciam a terceiros. Quem não pagasse tinha seu negócio fechado pela ação da polícia.

O PSDB mirou no próprio pé
Desde a CPI do PC Farias, em 1992, e da CPI dos Anões do Orçamento, em 1993, que não se via nada parecido. Em 92, um aliado do ex-presidente Fernando Collor, o então senador Espiridião Amin deu a vaga do partido na CPI para um oposicionista, o então senador José Paulo Bisol. Em 93, o PMDB abriu mão da presidência da CPI que cassou seus principais quadros na Câmara. Agora, o PSDB deu assento na CPI, que investiga malfeitos de tucanos, para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Nova estatal
A Fiocruz, que faz congresso para debater a criação de uma subsidiária para fabricar vacinas e medicamentos, foi surpreendida com a formação pelo governo Dilma de um Grupo de Trabalho Interministerial para tratar do assunto.

Diretas já
A OAB do Rio lança, na segunda-feira (14), uma campanha para acabar com a eleição indireta para a OAB nacional. Wadih Damous, presidente da Ordem no Rio, quer o fim da "marginalização de mais de 700 mil advogados".

O SECRETÁRIO do Meio Ambiente do PCdoB, Aldo Arantes, também critica o texto do novo Código Florestal aprovado na Câmara, cujo fiador foi o ministro Aldo Rebelo (Esporte).
DEZENAS DE ONGS lançam na próxima terça-feira a versão 2012 da campanha "Fim aos Paraísos Fiscais". As assinaturas de apoio serão entregues aos líderes do G20 na reunião do mês que vem no México.
O MINISTRO José Eduardo Cardozo (Justiça) determinou à Polícia Federal a abertura de investigação sobre denúncia de grampo nos telefones da senadora Ana Amélia (PP-RS) e da deputada Manuela D'Àvila (PCdoB-RS)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Controladora da JBS vai assumir gestão da Delta Construções (Postado por Lucas Pinheiro)

A J&F, grupo que controla o JBS, anunciou nesta quarta-feira (9) que assumirá, a partir da próxima semana, a gestão da Delta Construções. O contrato preliminar dá direito à J&F de substituir a estrutura administrativa da Delta, incluindo presidente, diretores e membros do Conselho de Administração. De acordo com a companhia, uma auditoria será feita na construtora nos próximos meses pela KPMG e, a após os resultados, será tomada a decisão pela compra ou não da Delta.

A J&F é controladora da JBS, a maior produtora de carne bovina do mundo. A Delta, empreiteira líder de contratos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e sexta maior do setor no país, está envolvida em denúncias de favorecimento ao bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, acusado de chefiar um esquema de jogo ilegal.

Em nota, a J&F informou que a Delta terá gestão profissionalizada e que o novo presidente da empresa será anunciado nos próximos dias. “Nosso objetivo é honrar os contratos que serão auditados e preservar os mais de 30 mil empregos da Delta”, diz, na nota, Joesley Batista, acionista da J&F.

O controle da gestão da Delta não envolve pagamento aos seus antigos controladores. O valor da empresa será estabelecido pela auditoria, caso a J&F decida pela compra. "Caso exercida, a opção de compra prevê que os recursos provenientes da distribuição dos dividendos futuros da própria Delta serão utilizados no pagamento dos ativos da empresa. Não haverá necessidade de utilização de recursos próprios ou de terceiros para financiar a operação", diz a nota.

J&F
A J&F engloba os negócios da família Batista, a mesma que controla o JBS, além da Eldorado Brasil, do setor de celulose; a Flora, empresa de produtos de limpeza; e o Banco Original, com foco em financiamento do agronegócio.

Em março deste ano, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles passou a ser o presidente do conselho da J&F. A família Batista mostrou nos últimos anos ser uma especialista em formar grandes companhias por meio de aquisições a baixo custo de empresas em dificuldades financeiras.

Denúncias
Relatório da Polícia Federal apontou que Carlinhos Cachoeira passava informações sigilosas de licitações públicas para Claudio Dias Abreu, diretor afastado da Delta em Goiás. Áudios também apontam o envolvimento do ex-diretor da Delta Carlos Pacheco com o grupo. Fernando Cavendish, dono da construtora, foi citado em escutas, mas não conversa diretamente com Cachoeira. A PF diz que a Delta repassava dinheiro a empresas fantasmas controladas por Cachoeira.

Desde então, a empresa deixou obras nas quais participava em consórcio com outras empreiteiras e vem sofrendo pressão para abandonar empreendimentos estatais que toca sozinha. No último dia 25, a Delta divulgou um comunicado no qual a empresa assegurava que "continuará a cumprir seus contratos, obrigações e compromissos assumidos com seus fornecedores e clientes, com a habitual regularidade".

Poucos dias antes, no entanto, segundo notícias publicadas na mídia, a empresa deixou de fazer aportes no consórcio responsável pela reconstrução do Maracanã. No dia seguinte ao comunicado, a empresa deixava outro consórcio no Rio de Janeiro.

No final de abril, Cavendish anunciou sua saída do conselho de administração da empresa. Um antigo diretor da empresa deve ser chamado para prestar depoimento na CPI criada para investigar as denúncias contra Cachoeira e políticos, enquanto parlamentares ainda pressionam para que o novo presidente compareça à comissão.

sábado, 5 de maio de 2012


nas imagens a top model aparece linda vestindo as peças que levam seu nome.


São três linhas de produtos: Diva – estilo mais romântico, Wish – com uma
proposta mais sexy e Rococó – com peças confortáveis.
Gisele Bündchen posa para divulgar sua nova coleção de lingeries
Gisele Bündchen- Foto: Nino Munhoz / Divulgação

Gisele Bündchen posa para divulgar sua nova coleção de lingeries
Gisele Bündchen
Gisele Bündchen posa para divulgar sua nova coleção de lingeries
Gisele Bündchen
Gisele Bündchen posa para divulgar sua nova coleção de lingeries
Gisele Bündchen- Foto: Nino Munhoz / Divulgação

Gisele Bündchen posa para divulgar sua nova coleção de lingeries
Gisele Bündchen- Foto: Nino Munhoz / Divulgação