terça-feira, 21 de agosto de 2012


Petrobras é a empresa dos sonhos dos jovens em 2012


Petrolífera subiu uma posição no ranking, desbancando o Google

Rachel Sciré
Rachel Sciré
Petrobras é a empresa dos sonhos dos jovens em 2012A Petrobras foi eleita a Empresa dos Sonhos dos Jovens em 2012, desbancando o Google, que caiu uma posição. Nos países da América do Sul onde a pesquisa é realizada (Argentina, Colômbia, Peru e Chile), a Unilever ficou em primeiro lugar, assim como no México. Na América Central, o Google liderou o ranking.

Veja a lista completa das Empresa dos Sonhos dos Jovens 2012 no Brasil:

1. Petrobras
2. Google
3. Vale
4. Itaú Unibanco
5. Nestlé
6. Unilever
7. Odebrecht
8. Natura
9. Ambev
10. Rede Globo


segunda-feira, 20 de agosto de 2012


Revitalização da indústria naval brasileira desperta interesse mundial

A indústria naval do mundo inteiro e os fabricantes de equipamentos para o setor acompanham com interesse o mercado que mais tem se desenvolvido nos últimos anos, tanto na construção de navios como nas encomendas de sondas e plataformas para exploração marítima de petróleo, na camada pré-sal. “Todo o empresariado e comércio marítimo internacional estão de olho no Brasil, porque somos o mercado que mais cresce”, disse o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça.
Segundo ele, “a construção naval do país está em franca expansão e vai ajudar na recuperação da indústria em geral”. Como exemplo, citou que na época áurea da indústria naval no país, na década de 1970, os estaleiros empregavam 40 mil pessoas; atualmente, são 60 mil empregos diretos e “vamos ultrapassar 100 mil dentro de três anos, no máximo”, em razão, principalmente, da construção em andamento de mais sete estaleiros.
A frota brasileira contabiliza 397 embarcações (navios de longo curso, de cabotagem e de navegação interior), mas a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) estima demanda para mil embarcações até 2020. Necessidade, portanto, de mais 600 embarcações, principalmente para atender a exploração marítima de petróleo e gás. A demanda exige investimentos de aproximadamente R$ 55 bilhões nos próximos cinco anos, de acordo com estimativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os números da Antaq mostram que o Brasil tem hoje a quarta maior frota do mundo e é o terceiro mercado em produção, já como resultado da reativação possibilitada pela estabilidade financeira e pela decisão política de recuperar a indústria naval. Setor que foi “duramente sacrificado” nas décadas de 1980 e 1990 por causa de problemas políticos e econômicos que determinaram, inclusive, o naufrágio de uma das maiores empresas mundiais de navegação, a centenária Lloyd Brasileiro, lembra o oficial náutico da Vale do Rio Doce, Luiz Gustavo Cruz.
Hoje, porém, os tempos são outros, e os estaleiros voltaram à ativa com mais investimentos e reativação da navegação de cabotagem (costeira), durante anos relegada ao abandono. O cenário de agora mostra que “a indústria naval está preparada para crescer, porque existe mercado, temos incentivo governamental, apoio da Petrobras e participação do sistema financeiro”, comemora Augusto Mendonça.
Na opinião dele, o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), lançado em 2004 pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, foi o grande responsável pela revitalização da indústria naval brasileira, a partir da encomenda de 49 embarcações a estaleiros nacionais, com índice de nacionalização mínima de 65% e investimentos de R$ 10,8 bilhões até 2016. Cronograma reforçado há três meses, quando a Petrobras anunciou investimentos de US$ 180 bilhões, até 2020, para construção de 105 plataformas de produção e sondas de perfuração, 542 barcos de apoio e 139 petroleiros.
Esses são planos para garantir o futuro da indústria naval, mas o setor já tem o que colher do Promef, posteriormente encampado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Estaleiro Mauá, de Niterói, já entregou os navios Celso Furtado e Sérgio Buarque de Holanda, e o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), de Pernambuco, lançou ao mar o navio João Cândido, no final de maio último, com atraso de 20 meses em relação ao prazo combinado. A Transpetro espera receber mais três navios ainda este ano.
Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 8 de agosto de 2012


Senado aprova plano de Dilma para ‘vitaminar’ a indústria com emenda que barateia cesta básica (Josias de Souza)


O Senado aprovou na noite passada as duas medidas provisórias baixadas em abril por Dilma Rousseff para instituir o programa Brasil Maior (563 e 564). Ambas contêm providências destinadas a estimular a indústria e reanimar a economia. Durante a tramitação legislativa, injetaram-se inúmeras ‘caronas’ nos textos rececidos do Planalto. As peças foram à sanção presidencial com os acréscimos.
A mais robusta das duas MPs, a 563, chegara ao Congresso com 54 artigos. Saiu com 79. Repetindo: o texto foi engordado em 25 artigos. Um deles, o de número 77, isenta os alimentos da cesta básica da cobrança de tributos federais (PIS, Cofins e IPI). Foi pendurado na medida provisória graças a uma manobra do líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE).
Conforme noticiado aqui, Bruno serviu-se de um projeto de lei que fora apresentado por deputados do PT. Reproduziu-o integralmente em sua emenda. Levada ao plenário da Câmara na véspera do início do recesso parlamentar, a emenda tucano-petista foi aprovada em votação simbólica, sob constrangimento do petismo. E seguiu para o Senado.
Os senadores governistas viram-se compelidos a aprovar as MPs tal como as receberam da Câmara. Se alterassem os textos, teriam de devolvê-los para uma segunda apreciação dos deputados. E o plano de Dilma cairia por decurso de prazo. As medidas provisórias do Brasil Maior perderiam a validade se não fossem aprovadas até o dia 15 de agosto.
Assim, caberá à presidente exercer o seu poder de veto caso queira expurgar das propostas os “contrabandos” que considere indesejáveis. No caso da isenção da cesta básica, benéfica sobretudo aos trabalhadores de baixa renda, a eventual supressão imporia a Dilma custos políticos. O tucanato não perderia a oportunidade de trombetear o desapreço pelos mais pobres.
Os senadores do PSDB soaram contraditórios durante a sessão. Elogiaram a emenda esperta do correligionário Bruno. Mas criticaram a reiteração da prática de utilizar medidas provisórias como veículos de contrabandos. Numa conta do presidenciável tucano Aécio Neves, foram empurrados para dentro da MP 563 pelo menos 27 temas que não fazem nexo com os objetivos da proposta original –do combate ao câncer à reabilitação de portadores de deficiência.
O tucanato pegou em lanças contra um dos tópicos, enfiado no artigo 73. Altera a Lei de Licitações, a célebre 8.666, para permitir ao Ministério da Saúde que dispense as licitações na aquisição de “produtos estratégicos” destinados ao SUS nos casos em que os contratos incluírem cláusulas de transferência de tecnologia. Nesse artigo, cabe um pouco de tudo –de medicamentos a equipamentos.
Aloysio Nunes (PSDB-SP) recordou que o governo já havia acionado o trator de sua maioria para aprovar, sempre por meio de MPs, a flexibilização das licitações para obras da Copa-2014, das Olimpíadas-2016 e do PAC. Chiou: “No andar dessa carruagem, vamos acabar por aceitar a mudança da Lei das Licitações aos pedacinhos, aos pouquinhos, por medida provisória. A despeito da chiadeira, o artigo 73 prevaleceu no voto.
Os congressistas alteraram também um dos pilares do programa de Dilma: a desoneração da folha de pagamento. Na proposta original, o resfresco fora servido a empresas dos setores hoteleiro, têxtil, couro e calçados, moveleiro, autopeças, naval, aéreo, call center e chips. No Congresso, o benefício foi estendido às empresas de transporte (cargas e pessoas), aos fabricantes de brinquedos, aos fornecedores de mármores e granitos e ao agronegócio.
Para os setores mencionados na versão do Planalto, a desoneração da folha começou a vigorar em 1º de agosto. Para os que foram incluídos pelo Congresso, o benefício valerá a partir de 1º de janeiro de 2013. Isso, evidentemente, se não houver vetos.
Os congressistas acomodaram ‘caronas’ também na outra MP do Brasil Maior, a 564. Prevê a capitalização de bancos oficiais com verbas do Tesouro. No original, R$ 45 bilhões para o BNDES, R$ 1 bilhão para o BNB (Banco do Nordeste) e R$ 500 mil para o Basa (Banco da Amazônia). No Legislativo, o tônico monetário do Basa, sob investigação da PF por empréstimos micados, foi elevado para R$ 4 bilhões. O do Basa escalou a casa de R$ 1 bilhão.
Noutra alteração radioativa, os deputados aprovaram e os senadores ratificaram a prorrogação dos incentivos fiscais concedidos por duas usinas de irregularidades e malversações: a Sudam e a Sudene. A permissão para trocar isenção de IR por investimentos na Amazônia e no Nordeste venceria em 2013. Foi prorrogada por mais cinco anos, até 2018.