quinta-feira, 26 de maio de 2011

Manequim ‘avatar’ e sacola de milho e batata inovam no Fashion Business (Postado por Erick Oliveira)

Já imaginou um saco de plástico biodegradável que contém batata, milho e mandioca em sua composição? Pois esta é uma das novas tecnologias apresentadas no Salão Tech da 18ª Senac Rio Fashion Business. Entre outros produtos vendidos na feira para o mercado da moda destacam-se também o Solatube, que permite a iluminação de interiores diretamente a partir da luz solar, e os manequins fabricados em polímero plástico reciclável, em substituição à fibra de vidro.
As sacolas plásticas produzidas pela Lukaflex utilizam milho e batata na composição do plástico biodegradável. Esses alimentos, uma vez utilizados na fabricação do chamado “biopolímero”, possibilitam a completa decomposição das sacolas na natureza após um processo de compostagem. “Hoje, a matéria-prima é importada da Bélgica e da Inglaterra. Mas há um projeto para a construção de uma indústria em Bauru, no interior de São Paulo, que vai fabricar o biopolímero utilizando mandioca”, explica Ricardo Caetano, proprietário da Lukaflex.
Por conta da pouca demanda, o preço da sacola biodegradável ainda é muito alto para o lojista. “Quando aumentar a procura, consequentemente, o mercado de sacolas biodegradáveis vai ficar aquecido e mais empresas vão fabricar o produto. E, assim, mais indústrias vão fabricar a matéria-prima. A concorrência vai baratear o preço final”, explica ele. Cada sacola biodegradável custa R$ 1,20, enquanto a de plástico sai por R$ 0,46.
Entretanto, Caetano identifica, além do preço, um certo preconceito na compra de sacolas ecologicamente corretas. “Eu vendo sacolas recicladas pelo mesmo preço das de plástico convencional, apesar do maior custo para reciclar. Mas, mesmo assim, muita gente não leva as recicláveis e opta pela de plástico novo”, conta ele. O empresário também ressalta a necessidade de se criar usinas de compostagem no Brasil, para poder dar a destinação correta às sacolas.
Manequins 100% recicláveis
Logo na entrada do Salão Tech, manequins verdes com pernas muito mais compridas do que o normal e ligeiramente envergadas para trás remetem aos personagens do filme “Avatar”, de James Cameron, que concorreu ao Oscar de Melhor Filme em 2010. Adolfo César, designer e diretor da Exart Brasil, confirma a inspiração para desenhar os manequins “avatares” e afirma: “Eles melhoram a autoestima da mulher pelo fato de serem mais altos.”
A empresa dele já tem tecnologia para produzir manequins totalmente recicláveis, feitos de polímero plástico, em substituição à tradicional fibra de vidro. César explica que todos os bonecos de polímero podem ser retriturados para tornarem-se novamente matéria-prima para a fabricação de novos manequins. “Caso o cliente queira revender para mim alguma peça, por causa do desgaste do tempo, por exemplo, eu compro de volta por 30% do valor e mando para a reciclagem”, destaca ele.
Os manequins ‘avatares’ ainda não entraram na linha de produção dos bonecos feitos de polímero plástico. “Mas temos uma previsão de em 40 dias já estarmos vendendo os primeiros ‘avatares’ recicláveis”, diz César. Cada um custa R$ 1.850.
Luz do sol em substituição às lâmpadas
Dos produtos de ponta apresentados no Salão Tech, o Solatube, aparelho que capta e reflete a luz do sol em ambientes internos, é talvez um dos produtos que mais passe despercebido em uma loja, ou em um galpão de confecção, mas com certeza é o que apresenta mais tecnologia na fabricação. Ele é composto basicamente de três partes: um domo de acrílico autolimpante e antiestático, que capta os raios do sol, um tubo de alumínio, que reflete esses raios, e uma lente difusora, que espalha a luz pelo ambiente.
“O tubo de alumínio tem uma película interna chamada ‘Spectra Light Infinity’, que é considerada a mais reflexiva do mundo e foi desenvolvida pela 3M para a Nasa”, destaca Miguel Rocha, diretor-comercial da Naturalux, fabricante do Solatube. Ele garante que a luz captada e emitida pelo aparelho tem mais luminosidade e é menos quente do que a gerada por uma lâmpada fluorescente. “O domo tem um filtro para evitar os raios UVA, UVB e infravermelhos, prejudiciais a saúde”, complementa Rocha.
Apesar de gerar uma enorme economia na conta de luz na parte do dia, evidentemente, o Solatube não funciona à noite. Para isso, o produto pode vir acoplado com uma lâmpada, para ser acionada no período noturno. “Também pode ter acoplado um ventilador, para banheiros, e um dimmer, para regular a intensidade da luz refletida”, acrescenta Rocha. Os preços do aparelho variam de R$ 900 a R$ 1,9 mil.

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