Os dois erros fatais de Roger Agnelli
“O primeiro foi o Roger achar que poderia virar amigo íntimo dos petistas”, diz a fonte. “Assim que a crise de 2008 estourou e a Vale teve que demitir, ficou claro que ele já estava em apuros com o Lula e companhia.”
Já o segundo erro tem a ver com a cobrança da CFEM, o chamado “royalty do minério.” Como se sabe, hoje o governo cobra da Vale um papagaio estimado pelo menos em 4 bilhões de reais, numa ação contestada pela empresa na justiça.
De acordo com a mesma fonte, no começo da última década, Agnelli foi alertado por especialistas em tributos que prestavam serviços à Vale que a empresa teria problemas caso insistisse em descontar custos com transportes e seguros na base de cálculo da CFEM.
Mas Agnelli resolveu comprar a briga. Até agora, a Vale já perdeu a causa em todas as esferas inferiores do Judiciário. Em 2007, o governo obteve mais uma vitória no Superior Tribunal de Justiça.
Mesmo prestes a deixar o cargo, Agnelli não se rende. Recentemente, ele disse ao blog que em relação à CFEM, “tudo o que a gente achava que tinha que pagar, já pagamos.”